Dias difíceis.
André Francisco Gil.
28/02/14.
Poemas são iscas para sombrear a aurora
onde há presos e fugitivos perdidos sem certeza...
Desses dias difíceis entre rasgos
e escapadas de minha jaula...
Sou de vísceras enluaradas
e sou de aço e sou de colo...
Cantando nas sombras
negra feito a noite sem esboço
feito a noite de mil choros...
Vestido de rouxinol um sol que preciso
sou cafuné e sou dono de realejo
faça um pedido e realizo o seu desejo...
Vagar de dias sem dizer um pio
como passarinho bico o visgo
e pouso num fio...
Ao léu há a imensidão
movendo os dias,hoje me alimento...
Pelo tudo que vi e quis
sou o que sou,céu feliz...
Chuvas no próprio mar
calado preparo o anzol para pescar...
Em cada jardim da saudade
há uma vontade certa...
Dias absurdos de se lançar
por ter minha dignidade
eu o primeiro a ficar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário