sábado, 1 de março de 2014

Dias difíceis.

Dias difíceis.

André Francisco Gil.
28/02/14.

Poemas são iscas para sombrear a aurora
onde há presos e fugitivos perdidos sem certeza...

Desses dias difíceis entre rasgos
e escapadas de minha jaula...

Sou de vísceras enluaradas
e sou de aço e sou de colo...

Cantando nas sombras
negra feito a noite sem esboço
          feito a noite de mil choros...

Vestido de rouxinol um sol que preciso
sou cafuné e sou dono de realejo
faça um pedido e realizo o seu desejo...

Vagar de dias sem dizer um pio
como passarinho bico o visgo
e pouso num fio...

Ao léu há a imensidão
movendo os dias,hoje me alimento...

Pelo tudo que vi e quis
sou o que sou,céu feliz...

Chuvas no próprio mar
calado preparo o anzol para pescar...

Em cada jardim da saudade
há uma vontade certa...


Dias absurdos de se lançar
por ter minha dignidade
eu o primeiro a ficar...





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